Um quinteto de sopros constituído pelos jovens Ricardo Alves - flauta, Joel Vaz - oboé, Filipe Pereira - clarinete, Gonçalo Pereira - fagote e Tiago Leal - Trompa realizaram, no próprio dia de aniversário do Lopes-Graça, a apresentação da obra "Sete lembranças para Vieira da Silva". O local escolhido foi o próprio palco do Cine-Teatro Paraíso, em respeito pelo caracter intimista da obra. O público, cerca de meia centena, ocupou todo o espaço que lhe era reservado. O concerto teve uma obra de Gustav Holst como introdução, a que se seguiu a apresentação das "Sete Lembranças para Vieira da Silva" por António de Sousa, numa perspectiva de enriquecimento da própria audição da obra que se seguiu. Assim, fez-se a contextualização sócio-comunicativa da lingugem utilizada descrevendo-se algumas das posições de Lopes-Graça sobre as novas correntes músicais do século XX, descreveu-se a linguagem atonalista enquadrada na 2ª Escola de Viena para, finalmente, se realizar a análise estrutural da partitura e respectivas técnicas de composição utilizadas, enriquecida com exemplos musicais fornecidos por fragmentos o propostos da obra, executados pelo próprio quinteto como auxiliares do discurso analítico. Seguiu-se a interpretação integral, de muito bom nível, das "Sete Lembranças para Vieira da Silva" pelo jovem (o que é de realçar...) quinteto. O ano passado foram apresentadas e analisadas, pelo mesmo processo, obras para violino e piano. Segundo as opiniões recolhidas trata-se de um modelo interessante e vivo de divulgação pedagógica da obra do compositor tomarense que se pretende continuar. O concerto terminou com a apresentação de uma pequena obra deum outro aluno de Luís de Freitas Branco (tal como o próprio Lopes-Graça) - Joly Braga Santos.
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