terça-feira, 16 de junho de 2009

Identificação de Orfeonistas - Tarefa cívico-artística

Continua em exposição na Casa - Memória uma fotografia histórica do Orfeon Tomarense no Claustro D. João III, tirada nos anos 30. Ao lado, encontra-se um desenho esquemático com as silhuetas numeradas de cada orfeonista presente na fotografia para facilitar a necessária identificação.
Embora existam já alguns identificados, muitos orfeonistas ainda aguardam a sua identificação.
O Orfeão Tomarense, dinamizado pelos irmãos Mota-Lima e dirigido por Aquiles da Mota Lima, tinha como ofeonistas toda uma geração de amigos e até alguns familiares de Lopes-Graça. Para além disso tal Orfeão contou, inclusivé, com a colaboração como pianista do compositor tomarense em alguns concertos.
Por isso seria importante para a Casa Memória, a completa identificação dos orfeonistas como forma de aprofundar o conhecimento do próprio compositor.
Assim, Quarta, Quinta e Sexta-Feira, das 10h30 às 12H30 e das 14H00 às 17H30 estará a fotografia e o desenho esquemático naquela casa, à espera de ter mais orfeonistas identificados.
Contamos com a sua colaboração para esse efeito. Apareça!

António de Sousa

terça-feira, 2 de junho de 2009

A aquisição de duas cartas de LG - para uma informação


Tratam-se de duas cartas, datadas de 1935, com 2 páginas cada, adquiridas em leilão e que reportam à estadia e permanência do compositor em Coimbra após a sua prisão e residência fixa em Alpiarça.
No ano de 1935, Fernando Lopes-Graça era professor no Instituto de Música de Coimbra, aluno da Faculdade de Letras da Universidade daquela cidade para onde foi residir em 1932, ano em que iniciou a sua colaboração com a Revista Presença e em que foi eleito Presidente da Assembleia Geral do Centro Republicano Académico. .
As duas cartas manuscritas em causa são precisamente de Lopes-Graça para os seus companheiros da Direcção da CRA.
A importância destes dois pequenos manuscritos assenta, em primeiro lugar, no teor das cartas, as quais revelam divergências com os seus companheiros de direcção e, inclusive, de um pedido de demissão que lhes apresentou. Estamos em presença de uma documentação que comprova uma forma de estar na vida de Lopes-Graça, para quem a verdade é o valor pelo qual tudo faz e sacrifica, incluindo divergências com companheiros de percurso político e ideológico.
Em segundo lugar, trata-se de um episódio não conhecido, importante para o aprofundamento do conhecimento da sua estadia por terras do Mondego.
Por último, trata-se de uma época em que o compositor continua a manter fortes ligações a Tomar (foi colega de república de Augusto Tamagnini e de outros tomarenses) e que por isso mesmo deverá ser, no futuro, uma época para cuja recolha de informação e documentação a Casa Memória mais vocacionada estará.
O preço pedido tratando-se de documentos históricos comprados em leilão, é aceitável e não pode ser considerado despropositado ou especulativo.
Por último, o facto de constituir um claro enriquecimento do espólio da Casa Memória Lopes-Graça que, recorde-se, tem vindo a ser melhorado com diversas doações particulares, o que não deixa de ser importante aos olhos de toda a comunidade cientifica.

Tomar, 6 de Abril de 2008

António Luís Linhares Corvelo de Sousa